Filme: Apocalypto



Apocalypto (um novo começo) de Mel Gibson é violento do princípio ao fim, explícita na caça dos maias ao javali até a violenta chegada dos espanhóis. Mas enquanto torcia por Jaguar Paw, o protagonista, não por sê-lo, mas porque também eu queria que ele escapasse e conseguisse libertar sua esposa do poço etc... nada vi que já não tenha visto ou sabido. O filme não é mais violento que o dia-a-dia de tantas 'comunidades' brasileiras ou tantas tribos africanas.

Apesar de ser a marca da direção em A paixão de Cristo ou Coração Valente, a violência não me desviou do que intuí ser a verdadeira intenção do filme: mostrar a luta de um homem sozinho contra tantos opressores, tantos rituais, tantas perdas, tanto sangue, para conseguir voltar para o seu amor, sua família. Uma ode à resistência do homem comum.

Aliás, como tantas vezes vimos - e tantas vezes ainda veremos -, o pacato e honesto cidadão, apesar de tudo e todos, vivendo apenas por e para isso: seu amor, sua família, seu cotidiano 'banal', enquanto a História vai sendo tecida em maledicência, traição, demagogia, manipulação, enganação, jogo sujo, guerra, sangue, morte. Contrastando com a esperança, com o sonho que o homem tem de simplesmente ser deixado vivo, para viver a sua vida.

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